sábado, 4 de janeiro de 2014

Teus moleques

Cega-me
Finge de melindroso
Pula de galho em galho
Mas fica ali marcado
Tem hora e não tem
Coleirinha de nem um vintém
Se eu pudesse abraçar
Sem ter que me espetar
Levaria pra casa
Levaria pra vida
Mas eu levo
Se não aceita se machucar
Deixa-me ao menos
Sangrar em paz
Não sou teus moleques
Ou eu
Eu, um dia, fui seu
Mas a imutabilidade de suas concepções
Fez-me desejar a metamorfose
Mas antes essa necessita
De tempo e compreensão
Vai lá
Que meus olhos ficarão aqui
Sentindo cada estralo do ponteiro
Caso volte, bem...
Este coração já terá alguém.