Eu não entendo. Quando eu tenho total convicção de que tudo acabou, de que superar é um verbo obsoleto, vejo-me escutando músicas melodramáticas. Elas me fazem esquecer todo o rancor e só sentir saudade... uma saudade boa.
Isso evolui para um sentimento de culpa. Talvez tenha sido minha culpa? Não, com certeza. Sim, com certeza. Certeza?
Querendo ou não, acabou. E é bom sentir essa saudade boa (triste, mas boa). Lembrar os melhores momentos, esquecer os ruins e, como os católicos costumeiramente fazem, negar a si mesmo e santificar o outro.
Santo, às vezes eu falo com Deus só por sua causa. Volto a acreditar nele por sua causa. Mas aí me lembro de que santos são lembranças boas. E me pego falando sozinho. Aliás, falando comigo mesmo. Com minha saudade.